sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Curimba



Veremos em diversos seitas e religiões os mantras e músicas. Acredito que pouquíssimas são as crenças que de alguma forma não haja a musicalidade. Assim veremos os mantras nas religiões e filosofias orientais, veremos as músicas sacras nas igrejas, a música gospel nas evangélicas, e mesmo no espiritismo veremos uma música suave de fundo para que exista uma maior introspecção.
 
Na Umbanda um dos fundamentos pilares e impossíveis de serem descartados são os pontos cantados. A famosa curimba que é composta pela voz, pelas palmas e pelo atabaque. É essa curimba que promoverá a unidade de pensamento no ambiente, levando todos os presentes a elevarem seus pensamentos na mesma direção, funcionando como um elemento de concentração. Mas também é um elemento de evocação. É pela curimba que evocamos os reinos e os orixás, é pela curimba que propiciamos a vinda das entidades, já que estas nos elevarão o pensamento e a vibração.
 
A própria ressonância que os pontos cantados emitem em nosso crânio propiciam uma maior elevação e uma maior aproximação dos nossos guias. Combatem a dispersão mental e as fugas. Auxiliam os médiuns a entenderem o ritual e a criarem disciplina mental e de postura, além do que ativa os chacras facilitando as incorporações. Trazem energias que são fundamentais na magia, buscando energias purificadoras, ou reabilitadoras, e assim por diante. Serve como vibração que auxilia na composição das energia naturais, energias astrais e o ectoplasma na concretização da magia e do trabalho.
 
Enfim é a própria religião na ação do verbo.
 
Poderemos ver terreiros que não utilizam atabaques, que não aceitam palmas, mas todos, absolutamente todos não poderão prescindir dos pontos cantados.
 
Assim ninguém pode se furtar de praticar, de se dedicar e de cantar em todas as giras.
 
Assim da próxima vez que estivermos em uma gira, não vamos nos abster, não vamos omitir, vamos entender e participar muito ativamente deste fundamento da nossa UMBANDA.